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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Indicador inédito avalia risco de morte para adolescentes em 267 cidades do País



 CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

O Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) foi desenvolvido para medir o impacto da violência nesse grupo social, monitorar o fenômeno e avaliar a aplicação de políticas públicas.
Foi divulgado no último dia 21 de julho o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que apresenta o risco sofrido por adolescentes, entre 12 e 18 anos, de ser vítimas de assassinato nas grandes cidades brasileiras. Segundo a análise, os homicídios representam 46% de todas as causas de mortes dos cidadãos brasileiros nesse faixa etária.
 
O IHA foi desenvolvido no âmbito do Programa Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens, uma iniciativa coordenada pelo Observatório de Favelas e realizada em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj).
 
O estudo avaliou 267 municípios do Brasil com mais de 100 mil habitantes e chegou a um prognóstico alarmante: estima-se que o número de adolescentes assassinados entre 2006 e 2012 ultrapasse a 33 mil se não mudarem as condições que prevaleciam nessas cidades.

Indices de morte.

No estado do Rio de Janeiro, identificaram-se 68.8% de casos de homicídios na faixa etária de 15-17 anos, proporção sensivelmente superior aos demais estados. Em contrapartida, no estado de São Paulo, ainda que aquela faixa seja a de maior incidência, são elevadas as proporções nas faixas de 0-4 anos (20%) e de 5-9 anos (20%), fato também observado no Espírito Santo e Pernambuco, embora em proporções distintas. Sabe-se que a maior incidência de vítimas, do sexo feminino, ocorre nessas faixas etárias (0-9 anos), em geral ocorrências verificadas no interior do espaço doméstico, praticadas por pessoas próximas às vítimas, como parentes e conhecidos.
Na maior parte, os homicídios são provocados por perfuração, via de regra mediante a utilização de arma de fogo, circunstância de morte que revela intencionalidade do agressor na supressão da vítima. No estado do Rio de Janeiro, a proporção de mortes nessa circunstância é elevada (86.40%), seguindo-se Pernambuco (85%), e São Paulo (71.32%).
Tudo sugere, portanto, que os assassinatos de crianças e adolescentes constituem problema grave em todo o país e, particularmente, nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo. O reconhecimento de um padrão relativamente similar entre as ocorrências indica que não se trata de fatos isolados ou fortuitos. Parece haver uma disposição regular, no interior da sociedade, para aceitar como "normais" acontecimentos desta espécie. No imaginário social de não poucos grupos sociais, crianças e adolescentes procedentes dos estratos sociais mais empobrecidos da população brasileira aparecem como perigosos, verdadeiras ameaças à segurança pública e ao funcionamento harmonioso da ordem social.

Mortes de Crianças e Adolescentes na Imprensa Nacional

 



A pesquisa nasceu de uma preocupação do Centro Brasileiro para Infância e Adolescência (CBIA) com a constituição de um sistema nacional de monitoramento da violência. O objetivo da investigação consistiu em um diagnóstico das mortes violentas de crianças e adolescentes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe, Pernambuco e Amazonas, no período de 01 de agosto de 1991 a 31 de janeiro de 1992, com base em informações e notícias veiculadas pela imprensa periódica. Buscou-se: (a) conhecer a magnitude do fenômeno; (b) caracterizar as ocorrências, identificando situações preferenciais de risco; (c) caracterizar o perfil sociais das vítimas, identificando grupos, no interior da população infantil e jovem, preferencialmente visados pela ação dos agressores; (d) caracterizar o perfil dos agressores, identificando grupos sociais nos quais eles são preferencialmente recrutados, bem como a possível existência de coletivos organizados para perpetrar parte das mortes observadas na pesquisa. As fontes consultadas foram: O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, Jornal da Tarde e Notícias Populares (São Paulo); Jornal do Brasil, O Globo, O Dia, O Povo (Rio de Janeiro); A Gazeta e A Tribuna (Espírito Santo); Jornal de Sergipe e Jornal da Manhã (Sergipe); Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio (Pernambuco); e A Crítica e O Povo (Amazonas). Os resultados da pesquisa identificaram 607 mortos, nos seis estados, no período observado. Essas mortes compreendem acidentes de trânsito, outros acidentes, homicídios e outras modalidades de morte violenta. Em relação aos homicídios, a maior incidência ocorre no Estado do Rio de Janeiro (73.1%), seguida das ocorrências verificadas nos Estados de Pernambuco (70.2%) e de São Paulo (69.7%). Vê-se, por conseguinte, que os assassinatos de crianças e adolescentes respondem, nestes estados da federação, em torno de 70% da mortalidade violenta nos segmentos etários juvenis. 
As vítimas em potencial provêm de grupos pauperizados, com maior predominância de jovens, na faixa etária de 15-17 anos. A despeito desse padrão, há variações entre os estados. No Rio de Janeiro, é bastante elevado o percentual de jovens do sexo masculino vitimizados (82.4%), ao contrário dos outros estados onde esta proporção oscila entre 65% e 75%. No estado de Sergipe, a proporção de jovens, do sexo feminino, vitimizadas (40%), está muito acima das proporções nos outros estados, que oscilam entre 20 a 25% das mortes.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Paixôes. ♥



labradores .

Garotos.
 
Internet.
 
Amigos.


corpo perfeito.
 
                                                       Igreja.         

Preconceitos Religiosos.


 
 





Na última década temos visto lideres "religiosos" atacarem descaradamente na TV os cultos afro-brasileiros. Fico incomodado, pois parte da população (seguidora das correntes neo-pentencostais norte-americana) entenderem os cultos afro-descendentes como o "Mal do Mundo ". É preciso dar um basta a esse tipo de preconceito parta não sermos mais uma Irlanda ou pais muçulmano atacado pelos EUA.

PRECONCEITO RELIGIOSO
(AOS "FIÉIS")

O que faz a espiritualidade do ser humano não é a religião ou o culto que prega, mas sim o comportamento deste diante da humanidade em geral, o respeito que tem pela natureza e os conceitos que tem sobre o universo e o próprio ser humano.

Não há diferença se um ser humanos é desta ou daquela religião, ou se tem ou não religião, se segue ou não algum dógma se este mantém comportamento de respeito e dignidade diante de seu semelhante e do planeta que habita.

Portanto, todo aquele que pensa ser mais digno que outros por seguir certas seitas, que alega ser escolhido de Deus, ou de se destacar diante dos demais seres humanos pelo fato de professar esta ou aquela religião, caminho, ou doutrina, está de fato COMENTENDO O ABOMINAVEL CRIME DE PRECONCEITO, tão perverso e inaceitável quanto o racismo e o sectarismo.

Dirijo estas palavras a todo seguidor de cultos, religiões e seitas, que pelo fato de terem sido batizado em alguma igreja, pagar dízimo á algum empresário da fé ou ler certos livros dogmáticos, se sente filho legítimo de Deus que tem na barriga, escolhido para herdar ceus e terra e em contrapartida achar que os demais seres humanos não passam de "criaturas" perdidas no "pecado", no "mundo dos infieis", condenadas ao inferno e disponíveis para lhes servir a "mando" de Deus.

O pior destes são aqueles que ainda se julgam "perseguidos" pelos "impuros" e "pecadores" e com isso ainda buscam aumentar ainda mais o preconceito e a discriminação.

Cada um deve ser livre para seguir o que quiser ou também a não seguir nada, mas não deve por conta disso sofrer nenhum tipo de preconceito ou discriminação, com eu (prova testemunhal) e milhões de semelhantes meus temos sofrido a muito tempo.

ABAIXO TODO E QUALQUER PRECONCEITO:
SEJA ELE DE RAÇA, CREDO (OU NÃO), ETINIA E SEGMENTO FILOSÓFICO.
ABAIXO A HEGEMONIA DE PENSAMENTO RELIGIOSO QUE ORA RENASCE ANACRONICAMENTE NO BRASIL.

Para os bons entendedores, sabem do que estou falando.
É chegada a hora de fomentarmos a igualdade plena entre os seres humanos, de pregar a concórdia entre os diferentes segmentos de pensamento e a aceitação do ser humano como ele é, com todas as suas diferenças.

Tipos de preconceito.

Quais os tipos de preconceito?
O que é preconceito? Como o nome já diz é o pré-conceito,ou seja, uma opinião formada antes de se ter os conhecimentos adequados. Há inúmeros tipos de preconceito, mas abaixo estão os principais:
Preconceito à outra cor - É denominado de racismo e existe principalmente em relação à negros. No Brasil, surgiu com a escravidão e é muito presente até hoje, apesar de a escravidão ter sido abolida em 1888. Há também o racismo contra brancos, amarelos, vermelhos, pardos etc...
Preconceito contra loiras- Quem nunca ouviu uma piadinha sobre loiras burras?
Preconceito à outra religião - Hoje em dia, o maior exemplo deste preconceito são os conflitos no Oriente Médio. A luta entre judeus e islâmicos custa dezenas de vidas diariamente. Grupos extremistas no Iraque matam inocentes cruelmente somente porque são de outra religião.
Preconceito contra as mulheres - É denominado de machismo e existe por causa do antigo papel das mulheres como dona de casa. O machismo gera muita mágoa porque vários homens não reconhecem a capacidade das mulheres de fazerem algo diferente à costurar e cozinhar.
Preconceito quanto a classe social - Ricos discriminam pessoas de baixa classe social, com famosas frases do tipo ,,Isso é coisa de pobre..", ou vice-versa.
Preconceito contra pessoas de outra orientação sexual - Homossexuais e bisexuais são muito agredidos moralmente e até fisicamente só por não serem "iguais". É uma triste realidade, tanto que vários escondem sua preferência sexual.
Preconceito contra pessoas de outra nacionalidade - A maioria dos brasileiros critica os norte-americanos, apesar de estar sempre os imitando. Brasileiros sofrem de preconceito em outros países, assim como muitos estrangeiros são discriminados no Brasil. Precisamos aprender que nem todo português é burro e nem todo brasileiro é malandro.

Deu a louca.




De vez em quando nossos pais sempre dão a louca e tentam nos imitar, não sei se é por que eles não usufruiam muito da adolescência deles ou por que querem acompanhar os novos tempos. Mas os mais velhos sõa os mas velhos, e o tempo deles é deles, se quizerem ficar na moda, que usem roupas da moda para a idade deles, fala sério! Mas mesmo assim eles não vão entender, então dá para relevar isso.

Bullying.





As crianças olham; as crianças fazem – influencie positivamente” 
O ser humano é moldado pelo meio em que vive; e são nos primeiros anos de vida, ou seja, ao lado dos pais que a personalidade começa a ser moldada.O vídeo anexo foi um dos melhores já produzidos até hoje em termos de educação. Não a educação escolar, mas a educação intrínseca ao ser humano.  

Depoimentos de  Bullying:

 Caroline:

Devemos pensar antes de agir, pois somos os heróis das criancas, em nós eles se espelham para formar sua personalidade. De acordo com as informações que a crianca recebe na infância, ela processa as ações e as toma como base para sua vida e de como ela deverá agir com as outras pessoas. Como nos mostra o vídeo apresentado.. A criança é extremamente observadora e nesse estágio ela define pelos exemplos que a cercam, o que falar, ouvir e como agir. Atualmente, temos amparo para a luta contra as discriminações, de todos os tipos, desde que infrinjam os direitos dispostos no art. 5 Da Constituicao Federal Brasileira, de 1988; o Estatuto da Criança e do Adolescente; e na Declaracao dos Direitos Humanos, entre outros. Podendo até ser considerado um crime contra a Dignidade da Pessoa Humana da Criança.
QUAL O FUTURO QUE DESEJAMOS PARA AS NOSSAS CRIANCAS?
R: POIS SOMOS NÓS QUE O FORMAMOS!!!
Caroline Caspirro Gitti Alcaraz, Bacharel em Direito, e Mestranda de Curso: Direitos Difusos e Coletivos.


tays:

O futuro das nossas crianças(o que toda mae quer )que os filhos creçam e se tornem boas pessoas, profissionais sucedidos, mais nao é isso que acontece na maioria das vezes .Na verdade as crianças que nao tiveram boa estrutura familiar ,que nao tiveram uma boa educaçao dentro da propria casa,acabam no mundo das drogas, no mundo do trafico, no mundo da prostituiçao, entao para ajudar as nossas crianças (que nao sao só nossas,sao da sociedade) temos que deixa -las viver mostrar para elas como é “o mundoa aqui”fora”"como é a sociedade aqui “fora’ é dizer o que é bom ou ruim para ela,é conversar sobre assuntos importantes assuntos reais,coisas que acontecem todos os dias no mundo, na sociedade em que vivemos, no mundo real. Tente isso.

Alexandre.

Minha filha vem sendo vitima na escola de perseguição, ofensa, maus tratos, ela só tem 11 anos, mas já tem 1.63 e está acima do peso, mas não tem maldade no coração, não sei o que faço, nem como resolver isso….
Poderiam me orientar, ou informar como posso me orientar, quem pode me ajudar, se devo levar o caso a Secretaria de Ensino
 

Um depoimento.




Antes de se suicidar, Percy Partrick, dependente de drogas, endereçou uma carta emocionante alertando os jovens.
Se alguém lhe oferecer algum tóxico, demonstre ser mais homem do que eu fui. Não se deixe tentar, por nenhuma razão, e saiba responder com um “não”.
Talvez você encontre “amigos” que lhe ofereçam gratuitamente um pouco da coisa (droga) para depois, sucessivamente, fazer você pagar por ela. No princípio o preço é reduzido, mas quando perceberem que você se tornou viciado (dependente), aumentarão os preços. Não esqueça que a mesma pessoa que lhe vendeu a maconha, terá, em reserva para você, também a heroína.
E tudo isso, por quê? Não certamente pela sua felicidade, mas para obter dinheiro.
A droga pode oferecer momentos de felicidade, mas a cada um destes momentos corresponde um século de desespero que jamais poderá ser apagado. A droga destruiu todos os meus sonhos de amor, as minhas ambições e a minha vida no seio da família.

Adolescentes fanáticos




Produção de cartas kilométricas com declarações de amor ao ídolo, esperar por até 15 horas na fila pra comprar ingressos, dormir em aeroportos e até mesmo acampar semanas antes no local do show faz parte da rotina de um fã. Vale tudo pra chegar mais perto de seu artista preferido. “Larguei tudo aqui e fui pro show em São Paulo ”, conta o dançarino Jorge Luis, 18 anos. Em 2006, ao saber que seu grupo preferido, o sexteto pop mexicano RBD, não iria fazer show em sua cidade ele não pensou duas vezes, vendeu algumas coisas que tinha e perdeu o emprego em uma banda conhecida para ir de Recife até a capital paulista.
A busca por um ídolo marca a adolescência, pois é quando procuramos referência fora do convívio familiar e é onde projetamos o que gostaríamos de ser, já que é uma fase de construção da identidade. Se por um lado, ser fã é uma fonte de inspiração, por outro pode ser prejudicial ao se perder a racionalidade e se ver totalmente dependente da fantasia e perder sua persoanalidade. E assim como tudo em excesso é prejudicial, amar demais também é preocupante, é o que alertou uma pesquisa feita pela revista americana Scientific American que traçou o perfil de cerca de 600 pessoas e o grau de dependência do fanatismo por seus ídolos.
“Dedicar todo o meu tempo ao RBD prejudicou minha vida escolar, mas de outra forma eu sou mais feliz hoje, conheci meus melhores amigos e me apaixonei”, relata outro adolescente pernambucano Luiz Alves, de 17 anos. Sua mãe, preocupada, o levou ao psicólogo quando ele tinha 15 anos por causa de seu fanatismo, o que para ele não mudou em nada. E realmente não mudou, o psicólogo disse ser apenas algo passageiro e hoje sua mãe o apoia. Para a psiquiatra Ivete G. Gáttas, da Unidade de psiquiatria da criança e da adolescência da Universidade Federal de São Paulo, o fanático se torna " mais ou menos como um dependente de drogas a vida passa a girar em torno daquela pessoa e de tudo que lhe diga respeito."
Infelizmente nem todos os adolescente fanáticos tomam atitudes como as de Jorge e Luiz, alguns casos mais sérios viraram notícia com finais trágicos.
Em setembro de 2005, duas adolescentes francesas se jogaram de um prédio em Paris, no bolso de uma delas foi encontrado um bilhete com o trecho da música “Suicide is sexy” da banda de Anorexia Nervosa. Logo após a morte do vocalista do Nirvana, Kurt Cobain, vários adolescentes deixaram bilhetes suícidas, dizendo terem optado pela morte, assim como seu ídolo. E em maio, uma inglesa de 13 anos se enforcou ao som da banda My Chemical Romance e a mãe culpa o estilo emo pela ação da filha.

Iraque: milhares de pessoas e adolescentes sofrem com impacto de 5 anos de guerra



 Devido ao conflito, milhões de iraquianos têm acesso insuficiente à água potável, saneamento e assistência médica. A atual crise é agravada pelos efeitos duradouros dos conflitos armados anteriores e anos de sanções econômicas.
“Uma maior segurança em algumas partes do Iraque não deve desviar a atenção da contínua luta de milhares de pessoas que foram abandonadas à própria sorte”, disse Béatrice Mégevand Roggo, chefe de Operações do CICV para o Oriente Médio e Norte da África. “Estão entre estas pessoas, as famílias de deslocados e refugiados e aqueles que retornaram a suas casas, crianças, idosos, incapacitados físicos, famílias chefiadas por mulheres e famílias de detidos”.
Apesar de alguma melhoria na segurança em algumas áreas, os iraquianos continuam sendo mortos ou feridos nos conflitos diariamente. Os civis são, geralmente, alvos deliberados, fato que mostra a negligência em relação às regras do Direito Internacional Humanitário. Em muitas famílias, há pelo menos uma pessoa ferida, doente, desaparecida ou detida, ou que foi forçada a abandonar sua casa e morar longe.

Assistência médica, água, serviços de saneamento e fornecimento de eletricidade continuam inadequados. Falta pessoal qualificado nos hospitais, como também medicamentos básicos, mas ainda assim eles lutam por prover assistência adequada aos feridos. Muitas instalações de assistência médica não estão sendo mantidas de maneira apropriada e o serviço que oferecem é, geralmente, muito caro para os iraquianos comuns.

O fornecimento de água continuou a deteriorar-se no último ano. Milhões de pessoas foram forçadas a depender de um fornecimento de água insuficiente e de má qualidade, já que os sistemas de água e esgoto sofrem pela falta de manutenção e de engenheiros.

O CICV fornece, constantemente, ajuda médica e medicamentos para os hospitais e realiza importantes consertos nos sistemas de água e esgoto. Entretanto, está bem longe de ser suficiente para garantir que todos os iraquianos tenham acesso a estes serviços básicos.

“Para evitar uma crise ainda pior, é necessário redobrar os esforços para atender às necessidades básicas dos iraquianos”, disse a Béatrice. “Cada cidadão iraquiano deveria ter acesso à assistência médica, eletricidade, água potável e saneamento”. O CICV fez um apelo a todos os envolvidos nos conflitos e aqueles que podem influenciá-los para que façam todo o possível para garantir que os civis, as equipes e as instalações médicas não sejam atacados. Esta é uma obrigação imposta pelo Direito Internacional Humanitário que se aplica a todas as partes do conflito – sejam elas os Estados ou atores não-estatais.

Pobresa prejudica a adolescência.




Houve raros casos também da promotoria encaminhar ao abrigo doentes mentais, até o encaminhamento a instituições apropriadas. Teve um em particular que vivia tirando a roupa e vestindo maiôs, dizendo que era o homem-aranha, e outra vez chegou até a arremessar o rádio do abrigo pelo muro, quase atingindo a vizinha, uma senhora que vivia reclamando das bagunças e dos barulhos das crianças. Depois desses incidentes, a promotoria viu o que os educadores já concluíam há tempo: que não havia estrutura nem pessoal para sustentar abrigo a menores com doença mental.
Quanto às crianças que permanecem no abrigo, a maioria é freqüentadora de rua. As que não são, por medo ou louvor aos mais fortes, passam a adquirir modos semelhantes aos que são.

Mas há exceção no abrigo. Nem todos estão em situação de rua. Alguns que são encaminhados para a instituição sempre viveram com alguém da família, e permanecem no Abrigo até serem encaminhados de volta para suas famílias, após o risco de supressão de seus direitos ser sanado.

A pobreza é o fator mais determinante para que uma criança ou adolescente sofra a privação de seus direitos. O sistema de Abrigo faz parte da rede de proteção especial, na área da Assistência Social. Porém, a solução não está aí, mas sim em uma nova postura política que encare o problema das desigualdades sociais de frente e zele por uma justiça eficaz contra a violência e o abuso contra a criança e adolescente, seja em Maringá, seja no Brasil.

Depoimento anônimo.





O outro caso aconteceu comigo. Foi mais o que chamam de molecagem. Sempre ia eu para o abrigo, de bicicleta. Um dia minha tranca escangalhou e comprei uma que abria por senha de cinco números. Não é que no primeiro dia que a tranquei, um menino a abriu em poucos segundos e começou a passear com a bicicleta? Perguntei como ele tinha feito e ele me disse que tinha descoberto a senha, e até me disse qual era. A princípio me enfureci, mas depois fiquei curioso em como ele tinha feito isso. Ele me ensinou que era muito fácil, mais fácil que abrir cadeados com lima. Bastava ser bom de ouvido. Como cada disco tem dez números, de zero a nove, basta girar cada disco até sentir o encaixe da senha na tranca. Você prossegue de um em um até abrir a tranca. É realmente muito fácil. Depois ele até me ensinou. Abro um parêntese para mostrar a utilidade benéfica desse tipo de conhecimento (Outro dia, minha namorada deu de presente ao seu pai uma nova maleta de médico, que justamente fechava com esse sistema de tranca. Quando olhei para a tranca, pensei: qualquer avisado pode abrir isto. Bem, o médico se empolgou de tal maneira com a nova maleta que colocou todas as suas coisas de médico na nova, escolheu uma senha e trancou a maleta. Quem disse que ele depois se lembrava da senha! Foi um sufoco para os familiares. E, principalmente, para o médico. Ninguém conseguiu abri-la. Tentaram as senhas que imaginavam, até que pedi a maleta quando desistissem. Nunca havia feito isso antes, mas me lembrava do método. E não é que eu abri a maleta, em poucos segundos? Diria com isso que há males que vêm para bem, e que os internos produzem conhecimento, apesar de não ser o que a sociedade deseja).
A vida no abrigo era muito conveniente. Como não havia instrumentos suficientes para resolver as questões familiares dos adolescentes e crianças, e como muitos dos pais achavam mesmo que era de responsabilidade do governo cuidar de seus filhos, já que eles não estavam interessados mais do que não podiam, era comum que os abrigados, desde a primeira vez que chegavam ao abrigo, saíssem de lá e retornassem inúmeras vezes. No abrigo eles têm o que em sua casa não têm. Lá no abrigo, se come à vontade, quatro vezes por dia. Lá, são eventuais as programações de lazer, tais como passeios e locação de filmes. Se um interno faz pressão para não ir à escola, ele pode chegar a tal ponto que nem os conselheiros tutelares, nem o próprio promotor podem convencê-lo do contrário, e ele fica sem ir à escola por um bom tempo, apesar de todos os apelos e orientações dos educadores. Assim, fica muito conveniente permanecer no abrigo. Sem contar certas adolescentes, abrigadas por um período, que faziam programa. Elas evadiam-se da instituição pelas oito horas da noite e retornavam só pelas sete da manhã, dormindo o dia todo e acordando às quatro da tarde, pedindo café-da-manhã. Havia uma superiora, na época, que permitia isso e nos dizia que isso fazia parte de uma política de redução de danos, e era melhor assim do que elas dormirem na rua, correndo riscos.
Também enfrentávamos a questão dos dependentes químicos. Eles tentavam parar por si sós, e alguns passavam até da fase de crise de abstinência para o delirium tremens. Já acompanhei não poucos adolescentes para postos de saúde, a fim d’eles tomarem glicose na veia, para aliviar a abstinência. Enquanto tomavam o soro, me contavam de suas vidas. Geralmente filhos de pais bandidos se tornam desde cedo bandidos, e filhos de pais traficantes se tornam desde cedo traficantes. Não que haja exatamente uma educação bandida, mas é que esses pais, cedo ou tarde, ou são detidos pela polícia ou são mortos por dívidas ou até mesmo pela polícia. A criança, assim, é criada pelos parentes ou colegas, também do mesmo ramo que os pais, e é por isso que a criança segue facilmente pelo mesmo caminho, pois não lhe dão outra opção. Aos oito, o primeiro cigarro, aos dez, o primeiro baseado, aos onze, a primeira arma, e por aí vai. Eles me contavam como é fácil conseguir uma arma. Simplesmente se vai a uma casa de traficante e pede-se uma arma! Você pagará por ela com serviços ao traficante, mas aí, você tem mais dívidas do que imagina, e já está preso a compromissos, cujo vacilo é pago com a morte. Os adolescentes mais frios e com mais passagens pela polícia contam que testemunharam o pai, alcoolizado ou drogado, matar a mãe, geralmente a facadas. E se perguntamos onde está o pai agora, contam que “mataram ele também” .

Religião


Em conseqüência da necessidade que tem o adolescente de julgar que por si mesmo e de libertar-se dos cueiros da infância, vão-se manifestar, segundo os temperamentos e a influência do meio, duas atitudes contraditórias. Em alguns, sobretudo, talvez, nas meninas, os sentimentos religiosos vão tomar um impulso até a exaltação. Virão a confundir, facilmente, as manifestações de sua sensiblidade com o sentimento religioso. Se não forem bem esclarecidas, imaginarão terem perdido a Fé por não experimentarem sentimento, isto é, sensações durante suas orações e práticas religiosas. Convém lembrar-lhes que a verdadeira vida de piedade reside na vontade e não na sensibilidade e que, para perseverar na Fé, é preciso realizar atos e não se contentar com sentir emoções.

Tovadia, essa é também a idade dos sonhos de perfeição e de heroísmo. As almas generosas, sobretudo, as que receberam uma forte educação cristã durante a infância procurarão imitar os santos e facilmente chegarão a crer que são chamadas a uma vocação excepcional. É preciso, ao contrário, servir-se dessa tendência dos adolescentes, para confirmá-los em seus desejos de perfeição, velando, ao mesmo tempo, para impedí-los de desviarem-se. O tempo e as exigências da vida não tardarão em repor o problema da vocação dentro do limite do real e do possível.

E era apenas uma adolescente. :(

Uma adolescente de 13 anos foi lapidada até à morte depois de violada e condenada por um tribunal islâmico da Somália que a considerou culpada de adultério, revelou hoje a Unicef.
«É um incidente trágico e lamentável. Uma criança é duplamente vítima, primeiro dos autores da violação e depois daqueles que administram a justiça», denunciou o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para a Somália, Christian Balslev-Olesen.
«Este incidente mostra a vulnerabilidade extrema das raparigas e das mulheres na Somália», acrescentou a Unicef, assinalando que a violência ligada ao sexo ou ao género é exacerbada pela instabilidade crónica do país, em guerra civil desde 1991.
Aisha Ibrahim Dhuhulow foi lapidada até à morte na semana passada por uma multidão, durante uma execução pública depois de ter sido declarada culpada por um tribunal islâmico de Kismayo, no Sul da Somália.
Segundo a Unicef, a vítima foi violada por 3 homens quando se deslocava para visitar a avó. «Depois da agressão, ela procurou a protecção das autoridades, que a acusaram de adultério e condenaram à morte», noticiou aquela agência da ONU.

Guerras e conflitos



A regionalização do conflito colombiano afeta política, social, econômica e culturalmente a todos os países vizinhos, especialmente a Venezuela, Equador, Panamá e o Brasil, onde centenas de refugiados, unidos a seus novos vizinhos, continuam vivendo a violência generalizada que originou seu deslocamento inicial. Não só as crianças recrutadas ou utilizadas diretamente se vêem afetadas, senão que derivado do clima de violência, vai-se gerando nos NNA condições que no futuro podem concretar-se em sentimentos de afinidade pelas armas, pela resolução armada dos conflitos, adesão a outros meninos com fins bélicos, a migração forçada da região e um clima de silêncio que ampara os grupos armados por medo a represálias
.
O recrutamento e utilização de NNA por parte de grupos armados é um crime de lesa humanidade. No Dia Internacional da Criança, nós os convidamos para fazer memória dos milhares de NNA que diariamente na atualidade são vítimas deste crime na Colômbia e suas fronteiras. É um crime que devemos visibilizar na comunidade internacional, levantar a voz por estes NNA, denunciar sua dor, exigir a proteção, garantia e cumprimento de seus direitos para o desenvolvimento pleno e capaz de sua condição humana.
É de suma importância e urgência que nos unamos para incidir no âmbito jurídico nacional e internacional para que o tema seja exposto nas magnitudes reais e não fique na impunidade como muitos outros crimes cometidos na Colômbia, no contexto dessa guerra interna que desola o país há mais de 50 anos.

Adolesccentes sofrem com guerras.





Um crime de guerra que deve ser reconhecido pelo mundo, pedindo para dar um basta à impunidade

“Em outubro de 2008, a Corte Constitucional da Colômbia afirmou […] que os grupos armados ilegais estavam recrutando crianças na Colômbia de maneira generalizada, sistemática e habitual, e que ainda não se conhecia a verdadeira magnitude e alcance territorial destes recrutamentos. O número estimado de crianças que participam em grupos armados ilegais oscila entre 8.000, segundo o Ministério de Defesa, e 11.000, segundo fontes não governamentais […] Num estudo realizado pela Defesa do Povo da Colômbia e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) dstacou-se que a idade média de recrutamento havia diminuído de 13,8 anos em 2002 a 12,8 em 2006” (1).

Crises.



Adolescência e crise

O psicanalista francês Charles Melman (1996) nos lembra que a noção de crise associada a esse período de transição se encontra essencialmente em nossa cultura. Ele afirma que “não há nenhum sinal dela, enquanto crise psíquica, nos textos das culturas gregas e latinas, onde seria um simples período de introdução a vida social”. A crise psíquica - na adolescência - como um processo de transição entre um mundo (infantil) e outro (adulto), pode ser assinalada como um fenômeno característico das sociedades pós-industriais capitalistas. Nelas, não encontramos ritos de passagem responsáveis pela demarcação de uma fase e outra. A ausência de cerimônias reguladoras, verificadas em sociedades menos evoluídas do que a nossa, certamente, favorece a crise psíquica que conhecemos na fase adolescente.

A crise na adolescência, identificada, então, nos jovens de nossa sociedade, seria determinada em razão de uma sociedade industrial tecnicamente desenvolvida, já que, existem inúmeras dificuldades, as quais os jovens terão que se deparar e enfrentar para que possam ingressar no mundo dos adultos (do trabalho), deste modo, exercer seu poder de sustento básico, se for o caso, instituir família, responder por seus atos como cidadão adulto. Logo, alcançaria uma posição de certa liberdade e autonomia pela possibilidade de ter seu emprego, salário, etc, o que significa, teoricamente, não depender mais financeiramente de seus Pais.

Na verdade, porém, as sociedades modernas - ou pós-modernas - tornaram-se complexas, assim, os jovens precisam, cada vez mais cedo, qualificar-se para o mercado de trabalho que, aliás, vem se tornando cada vez mais técnico e exigente.

Levando em conta o cenário em que vivemos, o jovem de nossa sociedade, sendo sensível aos acontecimentos, percebe e sente, como ninguém, a(s) crise(s) da qual (nós adultos, também) vivemos; seja ela de valores, educacional, ética, moral, econômica, política, etc. Outrossim, dentre outras coisas, percebe e vivencia a violência cotidiana, muitas vezes banalizada, o individualismo e consumismo exacerbado, a problemática das drogas, o stress de cada dia e o desemprego.

Em última análise, num País como o nosso, em que muitas crianças ingressam demasiadamente cedo no mundo do trabalho, essa questão merece ser considerada. As referidas crianças das quais estou falando, diz respeito a uma grande parcela de crianças brasileiras que vivem em condições precárias, miséria, são elas, muitas vezes, que auxiliam na sobrevivência de suas famílias, são pequenos trabalhadores braçais. Por todas as implicações, efeitos e conseqüências que esta situação suscita, essas crianças não sofrem crise psíquica, característica da adolescência. Portanto, levando em conta as questões acima referidas, questiona-se: no mundo em que vivem essas crianças, existe adolescência? Existe fase característica que determina a passagem do mundo infantil para o mundo adulto? De qual adolescência a maioria das teorias tratam?


Arnaldo Chagas - Psicólogo, mestre em Psicologia Social e Institucional- Ufrgs. Coordenador do GERTA: Grupo de Estudo e Reflexão sobre Toxicomanias e Adolescência (Ufsm). Prof. da Ulbra/SM e Uri/RS

 

Fatos que podem ser evitados 2 .



á se foi o tempo em que meninas de 13 anos brincavam com sua linda boneca fingindo ser seu bebezinho. Hoje “brincam com bonecos”, achando muitas vezes ser seu lindo príncipe encantado. Estes, por sinal, bem grandinhos: falam, estudam, saem, beijam na boca, e com estes, na maioria das vezes, acabam tendo um bebezinho. Só que diferentemente de uns anos atrás, esse bebezinho é bem real. E como qualquer bebê, ele chora de madrugada na melhor parte do sonho, aquela em que você beija o lindo príncipe encantado. Come, gasta muito dinheiro, precisa de muita atenção, tempo e todos os cuidados possíveis e imagináveis. Responsabilidades que geralmente uma adolescente não está nem um pouco preparada e disposta a se submeter. Que adolescente vai querer ficar um sábado à noite em casa escutando um recém-nascido chorar o tempo todo enquanto sua “turma” está na mais badalada boate se divertindo?! Por mais incrível que seja ter seu próprio bebezinho em seus braços, vai ter uma hora em que você vai sentir falta e vai querer que tudo fosse como antes. E o lindo príncipe encantado, nesta hora, sumiu e provavelmente vai estar lá na boate com a “turma”. Quanto à escola, o primeiro pensamento é largar os estudos não pensando nas futuras conseqüências. Mas o que será do futuro destas adolescentes? Agora  eninas. Imagina como um pai deve ficar desesperado ao ver sua menininha de 11, 12, 13 anos, grávida. É claro que não adianta expulsá-la de casa, colocá-la para trabalhar, obrigá-la a casar, pois não adiantará de nada depois de grávida, e muito pelo contrário só vai piorar a situação. Se uma mulher adulta grávida já fica muito sensível e insegura, imagina uma adolescente despreparada sem apoio algum. Devido a isto e a outros fatores, o medo da gravidez leva muitas adolescentes ao aborto clandestino como solução. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, dos 4 milhões de abortos praticados por ano no Brasil, 1 milhão ocorrem entre adolescentes. Muitas delas ficam estéreis e cerca de 20% morrem em decorrência desta prática. Muitas acabam até cometendo suicídio, fugindo de casa, etc. Hoje as desculpas tipo: “foi falta de informação”, “pressão do namorado e/ou amigos”, “meus pais não conversam comigo” e algumas até que “foi coisa de momento”, não enganam mais ninguém. Com estas desculpas, estas adolescentes só estão se mostrando irresponsáveis e imaturas, mesmo que muitas vezes tenham feito tudo com a intenção de se auto-afirmar adultas, confirmando apenas que só o corpo e a idade mudaram, pois a cabeça continua a mesma de uma criança. Realmente é uma das coisas mais perfeitas do mundo você ter seu bebê nos braços sem que qualquer um opine o que fazer ou como fazer. Mas por que não esperar um pouco? Primeiro estudar, garantir um bom emprego, se estabilizar não só financeiramente, mas psicologicamente, amadurecer, sair bastante sem preocupações, ter sua casa, ser independente, e aí sim casar e ter seus filhos. Há de concordar que é melhor assim não só para as adolescentes, como para seus pais que vão poder ser orgulhar da filha que criaram com tanto amor, para os bebês que antes teriam uma mãe totalmente confusa que, na maioria das vezes, agiria de forma errada e, principalmente, para elas que teriam uma gravidez tranqüila.


Se liga!
- No Brasil, o parto é a primeira causa de internação de adolescentes no sistema público de saúde.
- De cada 10 mulheres que hoje têm filhos, duas são adolescentes.
- 10% dos abortos realizados são praticados por mulheres entre 15 e 19 anos.
- Anualmente, 14 milhões de adolescentes no mundo tornam-se mães.
- Na América Latina nascem 3.312.000 filhos de mães adolescentes por ano.
- No Brasil, cerca de 700 mil meninas se tornam mães a cada ano. Desse total, 1,3% são partos realizados em garotas de 10 a 14 anos.
- Desde 1970, tem aumentado os casos de gravidez na adolescência e diminuído a idade das adolescentes grávidas.
- Na faixa dos 14 anos, a mulher ainda não tem uma estrutura óssea e muscular adequada para o parto e isso significa uma alta probabilidade de risco para ela e para o feto.
- O resultado mais comum em uma gestação precoce é o nascimento de um bebê com peso abaixo do normal o que exige cuidados médicos especiais de acompanhamento do recém-nascido.
- No Brasil, é no estrato social mais pobre que se encontra o maior índice de fecundidade na população adolescente.


Fatos que podem ser evitados.




O fato é que a preocupação com os filhos jovens, embora diferentes das de hoje, é milenar, portanto, a adolescência, vista nesta perspectiva, não pode ser considerada como um fenômeno exclusivamente moderno ou pós-moderno. Outrora, a adolescência, embora não sendo apresentada enquanto processo de mudança ou fase que a determinasse, alguns comportamentos eram marcadamente e, até certo ponto, determinantes dos homens jovens. A crise na adolescência como a entendemos hoje, naquele período, não era referenciada.

Voltando ao nosso tempo, uma primeira ressalva: claro está que as características físicas e biológicas devem ser consideradas enquanto “marcas” de transição entre a vida infantil e a adulta, o que não significa dizer que a determinação da fase adolescente seja definitivamente e exclusivamente reconhecida por intermédio da idade e pelas alterações orgânicas. Para se pensar em adolescência, é preciso considerar, de modo especial, os aspectos psicológicos, fatores sócio-culturais, cognitivos, etc. Outrossim, é preciso pensar no contexto, ou seja, refletir sobre o mundo - o cenário - em que o jovem está inserido.

Na verdade a adolescência deve ser pensada em três condições: enquanto desenvolvimento biológico do indivíduo, aspectos psicológico, social e cultural.