quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pobresa prejudica a adolescência.




Houve raros casos também da promotoria encaminhar ao abrigo doentes mentais, até o encaminhamento a instituições apropriadas. Teve um em particular que vivia tirando a roupa e vestindo maiôs, dizendo que era o homem-aranha, e outra vez chegou até a arremessar o rádio do abrigo pelo muro, quase atingindo a vizinha, uma senhora que vivia reclamando das bagunças e dos barulhos das crianças. Depois desses incidentes, a promotoria viu o que os educadores já concluíam há tempo: que não havia estrutura nem pessoal para sustentar abrigo a menores com doença mental.
Quanto às crianças que permanecem no abrigo, a maioria é freqüentadora de rua. As que não são, por medo ou louvor aos mais fortes, passam a adquirir modos semelhantes aos que são.

Mas há exceção no abrigo. Nem todos estão em situação de rua. Alguns que são encaminhados para a instituição sempre viveram com alguém da família, e permanecem no Abrigo até serem encaminhados de volta para suas famílias, após o risco de supressão de seus direitos ser sanado.

A pobreza é o fator mais determinante para que uma criança ou adolescente sofra a privação de seus direitos. O sistema de Abrigo faz parte da rede de proteção especial, na área da Assistência Social. Porém, a solução não está aí, mas sim em uma nova postura política que encare o problema das desigualdades sociais de frente e zele por uma justiça eficaz contra a violência e o abuso contra a criança e adolescente, seja em Maringá, seja no Brasil.

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