
«É um incidente trágico e lamentável. Uma criança é duplamente vítima, primeiro dos autores da violação e depois daqueles que administram a justiça», denunciou o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para a Somália, Christian Balslev-Olesen.
«Este incidente mostra a vulnerabilidade extrema das raparigas e das mulheres na Somália», acrescentou a Unicef, assinalando que a violência ligada ao sexo ou ao género é exacerbada pela instabilidade crónica do país, em guerra civil desde 1991.
Aisha Ibrahim Dhuhulow foi lapidada até à morte na semana passada por uma multidão, durante uma execução pública depois de ter sido declarada culpada por um tribunal islâmico de Kismayo, no Sul da Somália.
Segundo a Unicef, a vítima foi violada por 3 homens quando se deslocava para visitar a avó. «Depois da agressão, ela procurou a protecção das autoridades, que a acusaram de adultério e condenaram à morte», noticiou aquela agência da ONU.
Nenhum comentário:
Postar um comentário