quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Conflito armado interno ameaça direitos de crianças e adolescentes

Os direitos de meninos, meninas e adolescentes de Colômbia continuam sendo ameaçados. O principal motivo é o conflito armado interno no país, que interfere de forma direta na vida de milhares de crianças e jovens colombianos.

 Prova disso é a cifra de garotos e garotas que já são combatentes. Segundo estimativas, um a cada quatro lutadores é menor de 18 anos. Violência sexual, esgotamento físico, doenças e torturas são algumas situações a que estes meninos estão submetidos.
A utilização de menores de 18 anos nestas atividades pode prejudicar o desenvolvimento psicológico e social de meninos, meninas e adolescentes. Afinidade pelas armas, migração forçada, adesão de outras crianças para fins bélicos são algumas das consequências do uso de crianças no conflito armado.
De acordo com a Corte Constitucional de Colômbia, os grupos armados ilegais recrutam crianças e adolescentes no país de "maneira generalizada, sistemática e habitual". Enquanto o número de recrutamento aumenta, a idade dos recrutados diminui. A cifra de participantes em grupos armados ilegais menores de 18 anos varia entre 8.000, segundo informações do Ministério da Defesa, e 11.000, de acordo com fontes não governamentais. Ademais, estima-se que, em alguns casos, a cifra de meninos, meninas e adolescentes nestes batalhões pode representar até 30% dos integrantes de cada grupo armado. A idade, por sua vez, diminui cada vez mais. Segundo a Defensoria do Povo da Colômbia e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a idade média dos recrutados passou de 13,8 anos, em 2002, para 12,8 anos, em 2006.
Tal situação afeta não só a população colombiana, mas também a todos os países vizinhos. Isto porque, por temor a que seus filhos ou irmãos possam ser recrutados ou utilizados no conflito armado, colombianos e colombianas pedem refúgio às nações próximas. Estas, no entanto, também acabam ameaçadas pela violência da guerra interna do país.
As informações são do Serviço Jesuíta a Refugiados da América Latina e Caribe

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