quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Fatos que podem ser evitados 2 .



á se foi o tempo em que meninas de 13 anos brincavam com sua linda boneca fingindo ser seu bebezinho. Hoje “brincam com bonecos”, achando muitas vezes ser seu lindo príncipe encantado. Estes, por sinal, bem grandinhos: falam, estudam, saem, beijam na boca, e com estes, na maioria das vezes, acabam tendo um bebezinho. Só que diferentemente de uns anos atrás, esse bebezinho é bem real. E como qualquer bebê, ele chora de madrugada na melhor parte do sonho, aquela em que você beija o lindo príncipe encantado. Come, gasta muito dinheiro, precisa de muita atenção, tempo e todos os cuidados possíveis e imagináveis. Responsabilidades que geralmente uma adolescente não está nem um pouco preparada e disposta a se submeter. Que adolescente vai querer ficar um sábado à noite em casa escutando um recém-nascido chorar o tempo todo enquanto sua “turma” está na mais badalada boate se divertindo?! Por mais incrível que seja ter seu próprio bebezinho em seus braços, vai ter uma hora em que você vai sentir falta e vai querer que tudo fosse como antes. E o lindo príncipe encantado, nesta hora, sumiu e provavelmente vai estar lá na boate com a “turma”. Quanto à escola, o primeiro pensamento é largar os estudos não pensando nas futuras conseqüências. Mas o que será do futuro destas adolescentes? Agora  eninas. Imagina como um pai deve ficar desesperado ao ver sua menininha de 11, 12, 13 anos, grávida. É claro que não adianta expulsá-la de casa, colocá-la para trabalhar, obrigá-la a casar, pois não adiantará de nada depois de grávida, e muito pelo contrário só vai piorar a situação. Se uma mulher adulta grávida já fica muito sensível e insegura, imagina uma adolescente despreparada sem apoio algum. Devido a isto e a outros fatores, o medo da gravidez leva muitas adolescentes ao aborto clandestino como solução. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, dos 4 milhões de abortos praticados por ano no Brasil, 1 milhão ocorrem entre adolescentes. Muitas delas ficam estéreis e cerca de 20% morrem em decorrência desta prática. Muitas acabam até cometendo suicídio, fugindo de casa, etc. Hoje as desculpas tipo: “foi falta de informação”, “pressão do namorado e/ou amigos”, “meus pais não conversam comigo” e algumas até que “foi coisa de momento”, não enganam mais ninguém. Com estas desculpas, estas adolescentes só estão se mostrando irresponsáveis e imaturas, mesmo que muitas vezes tenham feito tudo com a intenção de se auto-afirmar adultas, confirmando apenas que só o corpo e a idade mudaram, pois a cabeça continua a mesma de uma criança. Realmente é uma das coisas mais perfeitas do mundo você ter seu bebê nos braços sem que qualquer um opine o que fazer ou como fazer. Mas por que não esperar um pouco? Primeiro estudar, garantir um bom emprego, se estabilizar não só financeiramente, mas psicologicamente, amadurecer, sair bastante sem preocupações, ter sua casa, ser independente, e aí sim casar e ter seus filhos. Há de concordar que é melhor assim não só para as adolescentes, como para seus pais que vão poder ser orgulhar da filha que criaram com tanto amor, para os bebês que antes teriam uma mãe totalmente confusa que, na maioria das vezes, agiria de forma errada e, principalmente, para elas que teriam uma gravidez tranqüila.


Se liga!
- No Brasil, o parto é a primeira causa de internação de adolescentes no sistema público de saúde.
- De cada 10 mulheres que hoje têm filhos, duas são adolescentes.
- 10% dos abortos realizados são praticados por mulheres entre 15 e 19 anos.
- Anualmente, 14 milhões de adolescentes no mundo tornam-se mães.
- Na América Latina nascem 3.312.000 filhos de mães adolescentes por ano.
- No Brasil, cerca de 700 mil meninas se tornam mães a cada ano. Desse total, 1,3% são partos realizados em garotas de 10 a 14 anos.
- Desde 1970, tem aumentado os casos de gravidez na adolescência e diminuído a idade das adolescentes grávidas.
- Na faixa dos 14 anos, a mulher ainda não tem uma estrutura óssea e muscular adequada para o parto e isso significa uma alta probabilidade de risco para ela e para o feto.
- O resultado mais comum em uma gestação precoce é o nascimento de um bebê com peso abaixo do normal o que exige cuidados médicos especiais de acompanhamento do recém-nascido.
- No Brasil, é no estrato social mais pobre que se encontra o maior índice de fecundidade na população adolescente.


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